Você sabia que 85% dos trabalhos que existirão em 2030 ainda não foram criados? Esse dado foi publicado no estudo Projetando 2030: uma visão dividida do futuro produzido pelo Institute For The Future para a Dell Technologies. A pesquisa analisou que impactos a tecnologia trará até 2030 e, para chegar nos seus resultados, entrevistou mais de 3.800 pessoas, em 17 países.
Se as ocupações de 2030 ainda não existem, como os jovens devem se portar na hora de adotar uma área de estudo? No passado, a profissão era escolhida no início da vida adulta e mantida por muitos anos. Hoje, essa realidade é diferente.
Essas mudanças trazem uma série de desafios e análises para quem tem escolas e faculdades. Se você quer dialogar com esse futuro profissional, precisa saber quais são as tendências no segmento! Para te ajudar nessa missão de se preparar para os profissionais do futuro, selecionei cinco tendências da educação que podem revolucionar a maneira como você pensa os seus cursos hoje.
Existem algumas habilidades específicas que são necessárias independente da área do profissional. Você já deve ter ouvido alguém falar que todo mundo deveria saber vender, ou então que finanças pessoais deveria ser aprendida na escola, não é mesmo?!
O futuro reserva justamente isso: tanto as escolas quanto as faculdades vão se adaptar a esse contexto, oferecendo optativas e currículos que podem ser moldados e construídos de acordo com as necessidades de cada estudante.
Esse currículo que pode ser construído aos poucos é um excelente atrativo para as instituições de ensino que querem chamar a atenção dos alunos.
Foi-se o tempo em que os conteúdos eram compartilhados apenas em uma sala de aula física. A partir de agora, a tendência é o omnichannel, isto é: a educação disponível em todos os canais, que se comunicam e se complementam.
Seja na sala de aula, por meio de um vídeo do Youtube, de um evento ou então por plataformas de educação online, o aluno tem a possibilidade de aprender o que e quando quiser. A educação torna-se on demand e acontece de maneira fluida.
Hard skills são as habilidades relacionadas a conhecimentos técnicos necessários para desempenhar uma determinada função. Em geral, os cursos e pós-graduações costumam focar nesse tipo de habilidade. Já as soft skills são competências relacionadas à personalidade e ao comportamento profissional. Elas costumam estar relacionadas com aptidões emocionais, sociais e mentais.
Dentre as tendências da educação, está a abordagem diretamente relacionada às soft skills. Ao contratar novos funcionários, as empresas estão buscando cada vez mais profissionais que tenham habilidades relacionadas com colaboração, comunicação, controle de tempo, disciplina, etc. Isso afeta as escolas de cursos livres, que — se quiserem focar nesses alunos antenados — vão oferecer cursos relacionados a essas habilidades.
Dependendo da atividade que será desempenhada dentro de uma empresa, o diploma universitário perde relevância. Isso porque, como a pesquisa da Dell já demonstrou, diversas profissões que são desempenhadas atualmente (e que também vão ganhar espaço no futuro) ainda são muito novas.
As faculdades muitas vezes não conseguem acompanhar a evolução das novas áreas e lançar cursos que supram essas necessidades do mercado e os alunos sabem disso. Portanto, muitos deles vão substituir a educação formal (que tem centenas de horas de aulas teóricas que não são aplicadas pelos profissionais) pelos cursos livres.
A última tendência que irá revolucionar a educação está relacionada ao item anterior. As pessoas não têm tempo a perder, participando de aulas que não trazem ensinamentos que podem ser postos em prática.
Portanto, os alunos vão deixar de ver a faculdade como um local para realmente aprender as disciplinas, substituindo-a por programas e cursos livres mais enxutos.
A pessoa quer aprender a programar? Com foco total, ela pode desenvolver essa habilidade em alguns meses. Ela quer aprender sobre os processos e melhores táticas para growth hacking, análise de dados, UX, etc? Ela pode aprender rapidamente entrar de cabeça em cursos que ensinam essas disciplinas, com uma visão de mercado.
Levando em consideração essas tendências da educação as perguntas que ficam são: a sua escola está preparada para atender esse novo perfil de aluno? Está capacitada para auxiliar o futuro profissional? Se a resposta for não, quem sabe seja a hora de rever a sua estrutura. Lembre-se de que — assim como os profissionais que não se atualizam — as escolas que não miram no futuro ficam para trás.
Sobre a minha filha? O paizão aqui já não tem mais dúvidas, que essa jornada até os seus 22 anos pousando em 2030, à levará para um mundo incrível de imaginação.
Fontes: as seguintes publicações: 1, 2 e 3 foram base para escrever este artigo.